quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

...


Perdeu-se uma mala cansada, com diversas expectativas dobradas dentro. Quem a encontrar, diga-lhe boa viagem. O tempo está mais em nós do que a gente nele....


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

...Eu assumo!

Ardendo. Jogando pra fora. E por fim, criticando tudo aquilo que no seu mais íntimo pensamento você reconhece que possivelmente não ousaria.Eu não quero julgar, acredite. Não concordo com as regras de Amurai. Isso pra mim é coisa primitiva. Onde diálogos e palavras não podiam ser compreendidos.E eu poderia até mandar uma carta sendo você o destinatário, perguntando pessoalmente qual seria o seu problema. Mas sabemos que isso nunca seria possível quando o o endereço do nosso diálogo é um fantasma que, com certeza, esconde-se por saber que sua vida também não é perfeita. Por ter certeza que comete erros, tem milhares de defeitos e também sofre. Mas que muitas vezes esquece que não é muito diferente de mim.Talvez seja esse o real motivo de tanta raiva. Afinal você entende, a vida já mostrou pra você que não podemos ser invencíveis. Alguém precisa dividir essa dor com você. Mais do que isso, precisa sentir.Então eu estou aqui. Pregando por aí que a vida pode ser legal, que temos muito que viver, não demonstrando medos ou grandes problemas.Pois bem, você conseguiu. Eu senti. Doeu escutar o que não é verdade, ver que sou vulnerável e que nem tudo o que fiz deu certo.Mas lamento você falhou em um aspecto. É aqui que a gente difere-se e você se frustra: eu assumi não ser de ferro e escrevi meu nome no final do testemunho.Você precisa alcançar mais uma fase.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

...As dores que dóem mais...

Durante muito tempo eu achava que peito aberto e vontade seriam capazes de mudar o mundo. Mais do que isso, mudar determinadas pessoas.
Hoje eu sei que não. E é a certeza que me mata. Como se você estivesse saindo de dentro da água pra buscar o ar, e no instante em que tenta respirar, uma mão vem e te empurra novamente.
Parece trágico, concordam?
É, faz muitos anos que me empurram constantemente toda vez que eu busco o ar. Aliás faz muitos anos que me cortaram as asas. E talvez, durante centenas de vezes elas tivessem tentado se regenerar. Mas eram cortadas novamente.
Eu cometi erros enormes na tentativa de viver coisa absurdamente simples, que qualquer outra pessoa na minha idade vivia. E fiz isso desde muito cedo.
Seria cômico se não fosse trágico. Esqueceram de novo o quão bem escolada eu fui. E não me refiro a escola propriamente dita, mas á escola da vida mesmo.
Infelizmente algumas ofensas o tempo não apaga mais. As maiores decepções, cicatrizam, mas lógicamente deixam marcas, algumas grandes demais para passarem-se desapercebidas.
Ontem eu escutei algumas palavras de uma das pessoas que eu julgo mais importantes na minha vida. Por muitas vezes eu me espelhei e segui aquilo que ele achava correto. Bons caminhos, seguros, sem vida, e roteados por previsibilidade. E por muitas vezes seguir as convicções dessa pessoa, me tornava uma pessoa que definitivamente eu não queria ser.
Mas eu não tinha escolha! Tá vendo quando eu disse que era uma tragédia! (Pausa no assunto! Eu estava aqui sentada escrevendo, janela aberta, quando eu vi uma coisa passar pela minha janela e fazer um barulho enorme la embaixo! Nossa! Corri achando que alguém tinha se jogado, cheguei ali, era o pedreiro jogando os sacos de cimento lá de cima O_o..ufa! )
Continuando...eu avisei que era uma tragédia!
Quem me conhece sabe que, eu vivo rindo. Sou a pessoa mais positiva da face da terra. Só quem tem muito acesso á minha pessoa sabe dizer quando eu não tô legal. Pois é, e o que essas pessoas diriam, essas que acham muito linda a minha alegria de viver, se descobrissem tudo o que eu passo/passei? Que em muitas vezes, eu tenho tanta vontade de chorar, que o sorriso que eu dou pra alegrar á alguém, não alegra a mim mesma?
Cheguei num dividor de águas dos piores hoje. Tudo que eu evitei a vida inteira. Escolher entre eu, entre a minha saúde mental, entra as minhas convicções, e as do meu pai.
Falar isso, me traz lágrimas aos olhos, mas é a pura verdade. Eu fui criada em disciplina militar, fui criada no NAO PODE, NÃO DEVE, ESTÁ ERRADO, ESTÁ CERTO, É BOM, É MAL, É BONITO, É FEIO. Conceitos pré formulados á partir de uma vivência que não é a minha. E sou obrigada, a adotá-los como meus, sem ter a vivência pra poder distinguí-los, tudo isso pra fazer os outros felizes, tudo isso pra não causar guerras...
Falei demais hoje! O coração dói!
Ontem e hoje eu escutei três coisas que não vão ser esquecidas tão fácilmente:
"A porta da minha casa estará fechada para você"
"Você é egoísta"
"Estou cansado de ser palhaço de vadio"
Jóia. Assimilado. Jogado no lixo."
Vamos brincar de verdades hoje...cada um diz a sua!
(Continua...)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dê uma nova chance ao amor...

Quem foi que disse que eu desistiria? Eu estou aqui para tentar, insistir pra vocês que tudo isso ainda existe. Não siga os exemplos. Não procure por semelhanças. Espera! Senta aí e comece a fazer os planos. Inclua sim os churrascos na casa da sogra, vai pensando no nome do caçula ...A gente não precisa generalizar nada.Os homens não são todos iguais. Nem todas as mulheres gostam de flores. Se é que não me falha a memória, não lembro de ver um prazo para o amor nas certidões de nascimento. 15 tombos, 7 decepções, alguns pares de lágrimas e somente um final feliz. Dessa vez não falamos de experiência própria e nem de previsões da Mãe Dinah. É lógica, ele virá! Ninguém quer/merece/precisa morrer sozinho. Não por uma questão de tradições ou convenções. Imagine só você, que grande saco seria comer o yakisoba sozinho? E quem você iria convencer de assistir "Lendas da paixão" pela vigésima vez? Esqueça, o teu irmão acaba de ir acampar com a nova namorada. Pode ser mesmo que eu não precise de você e nem você de mim. Porém vai virar deboche se dizer que não precisa de ninguém. Nem no feudalismo os corações eram auto-suficientes.Viva sem visão, doe algum orgão, desfaça-se de alguns litros de sangue, venda aquele carro antigo da coleção que pertenceu ao teu avô ...Mas antes disso tudo, elimine a idéia de que pode viver (feliz) sozinho.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Não deixe seu amor morrer...

"Cuide bem do seu amor, seja quem for..."
Eu tenho profundo medo da calmaria, do tédio e da rotina. Me arrepiam os cabelos do dedão do pé as previsibilidades.
Bom, sem fazer rodeio, a pergunta de hoje é: o amor suporta a calmaria? Ele resiste á ela?
A resposta mais correta e lógica deveria ser sim, caso contrário casamentos não durariam cinquenta anos. Mas o que acontece com pessoas de coração inquieto? com gente que tem profunda preguiça do tédio? O que leva alguém a simplesmente acostumar-se?
Você ama ele. Tudo lindo, tudo maravilhoso, se não fosse a certeza dele, de que não vai te perder.
Diminuem-se os abraços, as mensagens de celular, a paciência e a vontade de te conquistar. Você passa a duvidar se realmente sua compania é das melhores, se suas histórias são interessantes, se seu amor é suficiente, se vale a pena conviver com os "se".
E quem quer isso pra sí?
A sensação de segurança que as mulheres buscam todos os dias, em questão de relacionamentos é ligada á sentir-se amada, sentir que alguém no mundo pensa em você com carinho, alguém deixaria seus afazeres correndo caso você estivesse em apuros, alguém que não consegue se imaginar, naquele determinado momento da vida lógicamente, sem a tua compania.
É aí nós encontramos alguém, nos apaixonamos, decidimos abrir o coração e a vida. Mas precisamos sim, saber todos os dias que somos amados, de alguma forma. Precisamos sim, de beijos longos, de despedidas doloridas, de domingo com gosto amargo pela semana que separa o novo encontro. Precisamos sim escutar que somos importantes. Precisamos sim olhar pra essa pessoa e saber que ela nos é fiel porque assim escolheu ser, e não por falta de oportunidade de não sê-lo.
Eu sei que parece piegas mas o amor é sim como uma plantinha. Mesmo depois que já nasceu não adianta de nada deixar de regá-la, dar a ela a luz necessária, pois sem os devidos cuidados ela morre pouco a pouco.
Não deixe seu amor morrer...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Promessas de ano novo.

Nunca gostei de fazer promessas de ano novo. Nunca cumpro nada do que prometo no começo de cada ano e acabo me frustrando. Um arraso. Antigamente, eu fazia uma lista de coisas. Que só serviam, é claro, pra eu perceber o tanto de coisas que gostaria de ter feito e não fiz. Agora, com mais um ano começando, resolvi fazer uma não-promessa. Acho que essa vai ser mais fácil de cumprir. Explico: menos expectativas. É isso. Minha promessa de ano novo é esperar menos, ser menos exigente. Comigo e com os outros. Descobri que as pessoas exigentes demais são as que se frustram na mesma proporção. Quanto mais a gente espera dos outros, mais a gente continua esperando.Espero tirar nota dez e me frustro com o nove. Espero contar com todos os meus amigos sempre que precisar e me frustro com as desculpas esfarrapadas que eles dão pra me deixar na mão. Espero que eu seja magra, linda, loira e sarada e me frustro se tenho vontade de fazer nada, comer só porcaria e ficar o mês inteiro sem malhar. Espero que minha pele seja igual eu faço ela ficar no photoshop e me frustro cada vez que vou ao dermatologista e ele não me deixa tomar sol no rosto.Aquela história de “quanto mais alto o coqueiro, maior o tombo” é bem verdade. A gente sonha demais, espera demais, quer demais. E o que a gente encontra são pessoas normais, peles normais, barrigas de chopp, banhas laterais, cabelos desgrenhados. . Gente que amarra o cabelo com elástico de dinheiro. Gente que tem micose na unha do pé.Bons tempos aqueles que eu assistia a Xuxa cantar Lua de Cristal e acreditava que o mundo poderia ser melhor se eu fosse uma pessoa melhor. Que todos os meus sonhos iam se realizar só porque eu queria. Que todas as pessoas do mundo eram loiras, lindas, lisas e paquitas. Que o mundo era um arco-íris. Hoje, eu sei que arco-íris é apenas a bandeira gay, que algumas paquitas viraram mulheres de reputação duvidosa (o Word não quer reconhecer o nome que escrevi aqui) e a Xuxa virou uma chata que colocou no mundo mais uma menina mimada, dando exemplos modernos com sua produção independente.De verdade, queria escrever um texto cheio de esperanças e promessas para o ano novo. Mas todo ano que passa, acredito mais na experiência do que na esperança. Então, desta vez, vou fazer uma promessa diferente. Vou esperar menos. Vou esperar o beijo de boa noite ao invés do eu te amo. Vou esperar o carinho ao invés das palavras bonitas. Vou esperar o som, o sorriso, o gesto. Vou esperar a sinceridade, a simplicidade. Vou esperar menos do que eu posso dar. Vou esperar a companhia sincera de poucos amigos. Vou esperar o final de semana ao invés de querer o pra sempre. Vou acreditar que o “pra sempre sempre acaba”. Vou assistir menos filmes com Leonardo DiCaprio. Ouvir menos música brega. Vou ser menos romântica - no sentido literal da palavra. Vou parar de esperar que todos os filmes tenham finais felizes. Que nossos bichos de estimação vivam pra sempre. Vou parar de esperar. Minha promessa de ano novo é bem simples: não me prometo mais nada.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

...

Certas horas eu tenho realmente vontade de largar mão do mundo e antes ainda,das pessoas. Faço um tremendo esforço para ainda acreditar na raça humana. Diariamente, em casa, na rua e até sozinha me deparo com posturas nunca antes aceitáveis. E eu até digo sozinha por me incluir, sim. Definitivamete eu não me familiarizo com hipocrisia e não mereço ser canonizada. Mesmo que eu não costume jogar lixo no chão ou nunca tenha roubado nada, em certas ocasiões o ambiente e algumas cirscunstâncias já me fizeram ser uma má menina.Eu procuro sempre colocar em prática os valores que rigorosamente me foram passados, sejam pelos meus pais ao longo dos anos, adquiridos na escola ou até nas remotas vezes em que fui à missa. Índole e caráter são aspectos que prezo pra qualquer pessoa que cruze o meu caminho e deseje fazer parte dele diretamente. No entanto antes de cobranças eu procuro a prática. Desenvolvo esses dois critérios básicos de "bom cidadão" nas minhas menores atitudes.Continuo assim, de forma considerável, passando alguns kilômetros longe do título de santa. A minha mente pode se tornar um esgoto se eu não tomar os devidos cuidados. Mas eu experimento me espelhar nos poucos. Acho até que se colocarmos todos em uma escala, certamente eu estaria bem colocada. É só utilizar o filtro, lembra?Somente vinte e poucos aninhos de vivência e tive a honra de me deparar com as piores personalidades. Biporales, falsas, desgarradas, doentias, mentirosas, do mal... Do tipo que poderiam até virar mitos. E sabe, não é por engano que coloco honra na frase anterior. Acho realmente que tenho sorte de já tão cedo ser capaz de dicernir comportamentos, seja por meio de olhares, uma conversa ou talvez pelo tempo. Ironicamente foi a equipe preta quem me passou essa tática. A cada tombo dado e cara quebrada, uma nova lição. Até que a cartilha terminou.Sendo assim, flores e medalhas para todas as exceções. Porque eu sei que elas existem.