quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amiga pela metade...

Quem é você que se diz minha amiga e eu não sei da sua vida? Que já fomos confidentes e hoje eu nem sei se está saindo com alguém. Se está feliz. Se ele te faz feliz. E eu não sei o nome do cara que está saindo com aquela que um dia se disse minha amiga sem conhecer o verdadeiro sentido da amizade. De compartilhar emoções perdidas. Conquistas. Derrotas. De compartilhar aquela noite de sexta-feira, quando ninguém te chamou pra sair e você teve que ficar em casa assistindo tv.Quer saber? Você não me apetece. Tenho preguiça profunda de gente que não se dá. De gente “pé atrás”. De gente que é amigo nas horas vagas. Não, baby, eu quero full time. Eu quero a amiga que é toda ouvidos. Conselhos. Palavrão. Choro. Riso. Noite. Champagne. Vinho barato. Festas. Tropeços na calçada. Convites pro evento do ano. Mico do ano. Chocolate no cinema. Fila de cinema. Shopping no meio da tarde. Piscina no sábado de manhã. Assunto que não acaba mais. Telefonema sem assunto. Viagem pra praia. Os bonitos no trânsito. Os feios por toda parte. Os caras que a gente quer. Os caras que a gente não quer. Os caras que querem a gente. Os caras que não querem a gente. A gente.No amor, existe essa história de “cara metade”. Não sei. Nunca achei que tivesse faltando nada por aqui. Agora, não me venha com essa moda de “amiga pela metade”. Não vai colar. Dobre seus monossílabos numa mala e envie-os pra Abu-ghraib. Daí, se os sintomas persistirem, despacho você junto semana que vem

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Distâncias...

"(...)E a noite vem, sendo o descanso do sol... e a ponte vem, sendo a distância de quem tá só..um sol..com a cabeça na lua..a lua que gira que gira que girassol..."

São as distâncias, aparentamente grandes, mas fáceis de serem diminuídas. São as distâncias, tornando-se menores, menores, menores....mas quem foi que disse que a solidão termina com a presença?
A presença nunca foi suficiente. Tem gente que dorme do lado de alguem por anos, e se sente só ali. Tem gente que se sente sozinho em meio á um estádio, em pleno clássico, queria alguem pra abraçar quando fosse comemorar aquele tão esperado gol.
A gente vive na época em que as tecnologias diminuiram as distancias. Hoje a gente diz: entra no msn! E deixa de ligar e escutar o tom de voz do outro, pra sentir o que ele sente. E aí você conversa sem saber se realmente está sendo lido, se realmente tem uma compania naqueles instantes.
E as coisas simples fazem falta. Aquela ligação pra dizer que se ama antes de dormir, agora é um emoticon de coração, muito bonito, mas não tem tanta relevancia quanto escutar o seu amor dizer...boa noite, te amo, sonha comigo!
Distancias que diminuem, mas criam verdadeiras rachaduras nas nossas vidas. Amigo que te deixa feliz aniverssário no orkut apenas porque viu nso avisos que era seu dia,mas não perdeu 5 segundos te ligando e te passando energia positiva. Amigo que viu fotos da sua formatura no seu fotolog e deixou parabéns, mas não lhe disse porque não foi festejar com você (e você sentiu a falta dele lá). Amigo que marcou de ir com você no cinema ás 19, e te manda um sms ás 18 e 40 avisando que não irá mais.
Distancias que diminuem, mas que, volto a dizer, causam rachaduras.
Eu uso todas as ferramentas tecnológicas, assumo. Mas ainda ligo nos aniverssários, vou á casa das amigas desabafas ao inves de fazer isso pelo msn. O que me toca de fato é o contato, o tom de voz, o braço, o silencio acompanhado lado a lado.
Não deixemos a modernidade nos tornar menos humanos, vivos, intensos...
Eu tô fazendo minha parte....tô indo te abraçar...me espera!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Escrever...





Escrever é tocar alguma coisa. Uma coisa que às vezes é macia, mas que às vezes fere, até ferir tantas vezes que um dia o machucado fica tão grande que é preciso parar e cuidar da mão. Escrever acontece. E em alguns períodos acontece com tanta frequência que é preciso dar um passo atrás, antes que se adoeça do oco que se sente entre a linha um e a linha dois. E existe o cansaço físico de transformar letra em sentimento e sentimento em letra, porque é impossível equilibrar a limitação das palavras com a adorável ilimitação da vida. Escrever adoece. O pulmão, o coração, o peito e qualquer parte sensível que não aguente o sufoco de vibrar numa rima e morrer na outra, repetidamente. Escrever é uma troca. E sempre faz bem para os dois lados, mas não é saudável usar o ombro de quem lê para enxugar as lágrimas de quem escreve. Por isso, é preciso respeitar a ausência, sem achar que a falta da coisa escrita é a falta da própria pessoa que escreve. É preciso absorver o vazio, sem precisar recorrer à última gota de poesia, porque esta nunca se deve tirar do sangue que passeia no corpo. E, por fim, é preciso aceitar, com doçura, o silêncio, sem nenhum sentimento de perda, mas acreditando que, com ele, se ganha outra coisa. Outra coisa que engrandece. Outra coisa que não está escrita. E que nem precisa estar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novos dias...

Tá faltando pouco pra que eu consiga dar passos rumo aquilo que todo mundo deseja. Um coração em paz, um trabalho que satisfaça e um bom lugar pra voltar todos os dias.
Os dias tem sido pesados, tamanha pressão que eu mesma venho me colocando pra fazer as coisas darem certo dessa vez. Ás vezes me pego sem entender como foi que tudo que eu planejei saiu do rumo com tal facilidade. Mas talvez eu tenha essa resposta, talvez não.
O que de fato eu consegui entender é que não sou intocável, a mola precisa ser lubrificada de vez em quando.
Eu vinha fazendo quase um movimento repetitivo de guardar, guardar, empurrar pra caber mais, guardar, e guardar. Mas aí certo dia, eu abri minha caixinha sem o devido cuidado e tudo isso caiu pra fora. E confesso não foi fácil ver tudo que eu empurrei ali dentro. Passei quase uma semana dando patadas no mundo, pra tentar me sentir melhor comigo mesma, e adivinhem? Não adiantou!
Separei o necessário, e o que definitivamente não era meu foi pro lixo!
E como o esforço sempre compensa, os dias tem sido melhores, e as esperanças tem voltado a me rondar!
Acreditem, uma hora o barco tem que andar!
Eu tenho dado passos bem menores do que os outros, confesso, mas já tive pressa e não me levou á lugar algum,pelo contrário, voltei ao ponto de partida!
Agora é um dia de cada vez!
Eu já não sou a mesma pessoa. E isso é uma dádiva em se tratando de alguém que enxerga fundo, mas é surda feito uma porta.